terça-feira, 30 de abril de 2013
Lavador de carros é executado três anos após a morte do filho
Por Sérgio Costa/Portal BO
Foto: Sérgio Costa
Um homem de 52 anos de
idade foi executado com vários tiros, na noite desta segunda-feira(29),
na rua Expedicionário José Varela, no bairro das Rocas, zona Leste da
capital. Adalberto dos Santos Silva se protegia da chuva embaixo da
cobertura de uma cigarreira quando foi surpreendido por homens em um
veículo Gol de cor preta que passaram atirando em direção a vítima.
Pelos menos quatro tiros atingiram Adalberto, que era mais conhecido
como " Bico doce".
De acordo com o soldado
Ismael, que juntamente com sua equipe isolou o local, A vítima
trabalhava como lavador de carros e não tinha envolvimento com drogas,
no entanto um fato chamou a atenção de todos, o filho de Adalberto
morreu da mesma forma há três anos, Adriano Araújo dos Santos, mais
conhecido como "Figurinha", foi executado a tiros ha poucos metros de
onde morreu o pai. "Ainda não podemos afirmar nada a respeito do motivo
desse assassinato, a vítima era conhecida de todos e não tinha histórico
de crimes", informou.
A filha de Adalberto
esteve no local do homicídio e fez um desabafo revelando que o pai
poderia ter seus defeitos, mas não merecia ter um fim tão cruel. Andreza
Araújo comentou sobre o irmão morto da mesma forma, mas não quis
relatar o possível motivo para as mortes. "Essa violência não vai parar
nunca nas Rocas. Eu não quero ver minha família morrer sem haver
justiça. Meu pai era um homem do bem e não merecia isso", disse.
Ainda segundo a polícia,
os criminosos conseguiram fugir em direção a Praia do Meio, mas não
foram identificados. No local do crime, os peritos encontraram capsulas
deflagradas e não deflagradas de pistola 380.
A extinção da Guarda Patrimonial pode gerar Custo que chega a R$ 5 milhões para o Estado
Valdir Julião - repórter Tribuna do Norte
No momento em que houver
a substituição da Guarda Patrimonial por empresa privada na segurança
dos quase dois mil imóveis do Estado, o custo passaria dos atuais R$ 800
mil para R$ 5 milhões, mensais. Atualmente, 669 homens integram a
Guarda Patrimonial. A informação foi dada à TRIBUNA DO NORTE pelo
procurador geral do Estado, Miguel Josino.
Emanuel Amaral
Gomes Xavier sugere criar Companhia Independente na PM. Segundo
Miguel Josino para resguardar os imóveis públicos seria necessária a
contratação de 6 mil vigilantes de segurança privada. Na escala de
serviço de 24 horas por 36 horas, a necessidade seria de quatro homens
por dia. Somente para a guarda das escolas da rede estadual de ensino,
Josino Neto disse que o Estado precisaria de, pelo menos, 2.800
vigilantes.
Atualmente, a
contraprestação pecuniária paga pelo Estado a um guarda patrimonial
varia de R$ 643,90 a R$ 946,00 em função do posto ou graduação ocupada
pelo policial militar da reserva remunerada. Quanto aos serviços de
vigilância privada, a categoria ainda não fechou, oficialmente, o acordo
coletivo de trabalho deste ano. Mas, o Sindicato Intermunicipal dos
Vigilantes (Sindsegur) informou que o piso salarial dos vigilantes deve
ficar em 1.032,00 (segurança desarmada) e de R$ 1.159,00 (segurança
armada).
Miguel Josino informou
ainda que a PGE vai tentar dilatar, junto ao Ministério Público, o
prazo para que o governo estadual continue se utilizando da guarda
patrimonial para a prestação de serviços de vigilância e resguardar os
prédios e bens públicos do Estado, até que seja realizada a licitação e
contratada uma empresa de segurança.
Em 2 de abril, o MPRN
recomendou à governadora Rosalba Ciarlini que, no prazo de 15 dias,
cumprisse efetivamente a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do
Norte (TJ-RN), que transitou em julgado no dia 5 de julho de 2009,
proibindo a designação de policiais militares inativos para a
“realização de tarefas por prazo certo”. Na mesma decisão foi
determinado ao comando da Polícia Militar a extinção da Guarda
Patrimonial criada pelo decreto 13.313/1997.
Como o prazo recomendado
pelo MP expirava em 17 de abril, a PGE pediu um dia antes vistas do
processo junto ao TJRN. O relator, desembargador Francisco Saraiva
Sobrinho, concedeu um prazo de cinco dias para que o governo tente um
acordo com o Ministério Público, até que seja feita uma licitação
pública para a contratação de serviços de vigilância e segurança
privada.
Miguel Josino Neto disse
que está aguardando que o titular da 19ª Promotoria de Justiça da
Comarca de Natal, Wendell Beetoven Ribeiro Agra, volte das férias, para
então, a partir da próxima semana, poder conversar com ele sobre a
possibilidade desse acordo. “Vamos solicitar um prazo de transição,
porque o tempo mínimo de uma licitação pública é de seis meses e as
repartições públicas não podem ficar sem ninguém”, afirmou o procurador
geral.
O comandante da Guarda
Patrimonial do Estado, capitão da reserva Antônio Gomes Xavier, disse
que dos 27 estados do país 13 possuem guarda patrimonial, mas apenas a
lei que a criou no Rio Grande do Norte foi declarada inconstitucional.
Para Gomes Xavier, uma saída seria a criação de um batalhão especial,
como existe em Sergipe e Pernambuco, dentro dos quadros da PM. “Aqui, se
houver interesse do governo, podia ser criada uma companhia
independente”, exemplificou ele.
segunda-feira, 29 de abril de 2013
Jovem é preso ao tentar entrar em CDP com celulares, drogas, facas e cachaça
Por Thyago Macedo/Portal BO
Foto: Cedida
O Centro de Detenção
Provisória de Assu foi mais uma vez invadido por um homem que tentava
arremessar materiais ilícitos para os presos, na madrugada desta
segunda-feira (29). Desta vez, além de interceptar drogas, facas e até
cachaça, os agentes penitenciários também conseguiram render o suspeito,
identificado como Anderson Paulo Macedo da Silva, de 18 anos.
Cicatriz, como é mais
conhecido o jovem, foi flagrado com 32 gramas de maconha, sete pedras de
crack, comprimidos de rivotril, cachaça e até mesmo facas peixeira e
punhais. De acordo com os agentes da unidade, Anderson conseguiu pular
um muro pequeno que tem no CDP e que permite acesso direto à área onde
ficam os presos.
O detalhe curios é que
no momento em que os agentes realizavam procedimentos da prisão em
flagrante do primeiro invasor, um menor de idade também tentava repassar
objetos ilícitos à cela 4 do CDP, porém, a ação foi flagrada por
policiais militares que estavam no quintal do prédio.
Um agente penitenciário
que pediu para não ser identificado revelou ao Portal BO: “todo esse
problema seria solucionado se a referida cadeia tivesse um muro de
proteção com cerca elétrica. Também é preciso que as investigações
revelem quem era o destino, bem como quem fornece”.
Os agentes
penitenciários informaram ainda que diante da falta de atitude por parte
da Coordenadoria da Administração Penitenciária (Coape), eles mesmos
estão pedindo ajuda de autoridades como prefeito e vereadores de Assu,
na tentativa de conseguirem pelo menos subir o muro do CDP para impedir
novas investidas de criminosos.
A unidade, aliás, também
sofre com problemas estruturais, tento infiltrações nas paredes que, na
semana passada, geraram um curto-circuito e a falta de energia.
Passados vários dias desse problema, nada foi feito ainda para reverter o
quadro de risco para segurança dos agentes, PMs e também dos presos.