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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Inquérito da PF aponta que PMs presos conseguiram sair de dentro do BOPE

Fonte: Portal BO Foto: Divulgação / Polícia Federal

O site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte disponibilizou, através de um dos processos dos suspeitos de integrarem um grupo de extermínio desarticulado pela Polícia Federal, informações sobre o inquérito policial. De acordo com o que foi publicado na página, consta nas investigações que dois policiais militares que estavam presos na sede do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) conseguiram sair de dentro da unidade, mesmo estando sob prisão preventiva.
Esses policiais seriam Wendel Fagner Cortez de Almeida e Rosivaldo Azevedo Maciel Fernandes. Os detalhes do inquérito publicados no processo, de número 01023160520138200002, revelam que os dois teriam saído de dentro da sede do BOPE, no dia 18 de julho, mesmo estando presos, e teriam ido ao encontro de outros dos suspeitos de integrarem o grupo de extermínio.
Está escrito no processo: “Os investigados demonstram que encontram apoio de outros comparsas, ainda não identificados pela investigação, dentro da própria Polícia Militar, conseguindo, inclusive, burlar a segurança de prisão preventiva, pois dois dos investigados que se encontravam presos lograram êxito em sair da unidade de custódia para visitar os membros da quadrilha. De fato, consta que em 18/07/2013, os investigados Wendel e Rosivaldo, que se encontravam presos cautelarmente, conseguiram transferência de Alcaçuz para o BOPE, e mesmo custodiados neste último órgão foram até a casa de ITAGIBÁ e ao restaurante Kaxambu procurando os membros da quadrilha, e por fim foram até a granja de ITAGIBÁ, onde finalmente conversaram com ITAGIBÁ, ERINALDA, ORLANDO, BAL, MOISÉS, MÁRIO SEVERIANO, EMERSON, FABIANO, DAMIÃO e VAQUEIRO”.
Tal reunião, ainda de acordo com o inquérito da PF, teria sido uma alerta para que os suspeitos fugissem antes de serem presos. Ainda publicado no processo, consta: “Na referida reunião Wendel teria informado que havia tomado conhecimento de que uma investigação da Polícia Federal estava prestes a ser deflagrada, com a prisão de todos os membros do grupo de extermínio, orientando que todos fugissem e eliminassem eventuais provas de crimes perpetrados”.

Suspeito de grupo de extermínio queria R$ 40 mil para matar agente da PF

Fonte: Portal BO Foto: Divulgação / Polícia Federal

A Justiça concedeu relaxamento de prisão para cinco presos pela Polícia Federal durante a Operação Hecatombe. No entanto, outros investigados tiveram pedido negado e, em alguns dos processos desses suspeitos, é possível ver no site do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte informações sobre o inquérito policial. Em um desses processos (01020814520138200129), por exemplo, constam detalhes sobre o possível assassinato de um agente da Polícia Federal por parte do grupo de extermínio.

Segundo está nos altos, um dos investigados, identificado na página do TJ apenas pelo nome de Emerson, teria dito para o resto do grupo que cobraria R$ 40 mil para matar o agente da PF, que trabalha na Secretaria Estadual de Segurança Pública e Defesa Social. Já outro investigado, identificado pelo apelido de Vaqueiro, revelou que poderia praticar o homicídio apenas pela amizade que tem com o policial militar Wendel Fagner Cortez, que está preso e, de acordo com a Polícia Federal, seria o principal interessado na morte do agente da PF.
O grupo, de acordo com o que foi investigado e divulgado pela Polícia Federal, tinha planos para matar também um promotor de Justiça e uma delegada da Polícia Civil do RN. A publicação feita no site do TJRN tem parte do inquérito policial e apresenta ainda detalhes sobre outros homicídios atribuídos ao suposto grupo de extermínio."EMERSON chegou ao restaurante, e, numa roda de conversa, onde estavam EMERSON, VAQUEIRO, MOISÈS, ERINALDA, a reinquirida, MINEIRO e AMARAL, voltaram a falar no caso do WENDEL; QUE EMERSON disse que mataria por R$ 20.000,00, e logo depois, consertou, dizendo que pra matar um federal R$ 20.000,00 seria pouco, afirmando que faria o serviço por R$ 40.000,00; QUE, VAQUEIRO disse que, pelo WENDEL, faria na amizade, bastando WENDEL colocar na mão dele ‘uma máquina na boa e dois cavalos bons’, referindo-se a uma boa arma de fogo e dois indivíduos ‘de atitude’ para dar cobertura", consta no processo.

Alguns dos crimes atribuídas ao grupo, de acordo com o processo, são:
Homicídios de Gutemberg do Nascimento e de Carlos Augusto de Costa, ocorridos em 31/07/2012; 
Homicídio de José Elias Batista Mendonça, ocorrido em 12/11/2012; 
Homicídio de Cláudio Sena da Silva, ocorrido em 06/01/2013; 
Tentativas de homicídio de Rodrigo de Souza Melo e Edileuza Graciano Nogueira, em 13/03/2013; 
Homicídios de Messias Lisboa de Padua e Michell Silva de Pádua, em 05/05/2013; 
Homicídios de João Luiz de Carvalho, em 21/01/2013; 
Homicídios de Gilson Raimundo Bezerra, Djanilson Bezerra e Francisco Canindé da Silva Filho, em 27/04/2013; 
Homicídio de Rodrigo David de Oliveira da Silva, em 31/08/2012; 
Homicídios de José Wallace Trajano da Silva, Jamerson Wallace Trajano da Silva e tentativa de homicídio de Francenildo Vieira da Silva, em 21/10/2012; 
Homicídios de Wendel Trindade Silvestre, Wesley Trindade Silvestre, David Paulo da Silva e Carlos Fernandes Campos, ocorridos em 18/09/2011; 
Homicídio de Jefferson Macedo de Lima, em 24/09/2012; 
Tentativa de homicídio de Daniel Galdino da Silva, em 29/10/2012; 
Homicídio de Erivan Cardoso, ocorrido em 02/02/2013; 
Homicídios de George Matheus de Lima e Arthur César Soares de Araújo.

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