Destruído, Centro de Detenção precisa ser reformado até domingo para receber presos
Centro de Detenção
Provisória da Candelária, que está com sua infraestrutura totalmente
comprometida, precisa ser reformado em apenas quatro dias para receber
os 85 presos que estão no Núcleo de Custódia, na Cidade da Esperança.
Foto: Wellington Rocha
Com um déficit de 2.270
vagas no sistema prisional do Rio Grande do Norte, a Secretaria de
Estado da Justiça e da Cidadania (Sejuc) deve apresentar projeto para a
construção de dois novos pavilhões nas unidades de Caicó e Mossoró. A
medida integra o conjunto de ações emergenciais para tentar diminuir a
superlotação e falta de estrutura adequada vividas hoje pelo sistema
potiguar. Agora, a Sejuc corre contra o tempo para entregar o prédio do
Centro de Detenção Provisória da Candelária, para a transferência dos 85
presos que estão entulhados no Núcleo de Custódia da Polícia Civil, na
Cidade da Esperança. O local, totalmente destruído, passa por uma
reforma-relâmpago que tem que ser concluída até este sábado.
Segundo o secretário
adjunto da Sejuc, major Cícero Cardoso, todo o problema vivido hoje no
Estado é causado pela falta de planejamento para o atendimento da
demanda prisional. “Quando assumimos a pasta, vimos que não havia sido
feito nenhum planejamento ao longo dos anos e hoje, estamos nos
organizando para que cada ano tenhamos uma meta a ser cumprida, para que
possamos absorver essa demanda de prisões que ocorrem no Estado, por
causa da criminalidade”, disse.
A situação é crítica
também no interior do Estado, onde, segundo o major Cardoso, a falta de
infraestrutura e pessoal para atuar nas unidades estão provocando o
remanejamento de quase todas as prisões de lá para a Região
Metropolitana de Natal, que possui dificuldades para atender às próprias
necessidades.
“Já temos o projeto de
ampliação do Presídio Agrícola Mário Negócio, em Mossoró, e a
Penitenciária Estadual do Seridó, em Caicó, com a construção de um novo
pavilhão em cada uma das unidades, para comportar os presos no interior.
Na primeira, serão 150 novas vagas, já na segunda, a previsão é de mais
80 vagas. Essas são as opções a curto prazo que o Governo tem, para
tentar desafogar as unidades da Região Metropolitana, que acabam
absorvendo presos também do interior”, explicou o major Cardoso.
O secretário adjunto
afirmou que a previsão é que a construção dos pavilhões demore cerca de
quatro meses, mais o tempo necessário para a apresentação, aceitação
pelo Governo do Estado e a escolha da empresa que fará a obra, ou seja, a
parte burocrática. “Estamos concluindo o projeto para apresentar o mais
rápido possível à governadora Rosalba Ciarlini. A expectativa é até
amanhã, já que se trata de um assunto urgente, disse.
Fonte: Jornal de Hoje
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